Greve com resultados<br>na Câmara de Lisboa

As greves parciais dos trabalhadores da limpeza urbana da Câmara Municipal de Lisboa, realizadas entre os dias 11 e 17, registaram elevados índices de adesão, embora tenham ocorrido casos de substituição de pessoal que aderiu à luta, como denunciaram os sindicatos da CGTP-IN na CML.

Com efeitos visíveis no lixo acumulado nas ruas da cidade – uma situação cuja responsabilidade o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local atribuem ao executivo de António Costa e José Sá Fernandes –, a greve levou a que a CML tivesse aceitado satisfazer algumas reivindicações: o pagamento do subsídio nocturno sobre a totalidade do vencimento (com retroactivos desde Março, quando a alteração de horários implicou quebras na retribuição), o pagamento do trabalho extraordinário realizado nas Festas de Lisboa do ano passado, a admissão de mais 43 condutores (que estava suspensa, apesar da manifesta falta de pessoal neste serviço).

Ficaram por atender outras exigências dos trabalhadores, como o pagamento do subsídio nocturno quando há trabalho extraordinário e o pagamento de ajudas de custo ou apoio às despesas com refeição, nos termos legais, de funcionários que vão vazar os carros com resíduos fora do concelho, sem acesso a refeitórios. A CML aceitou analisar com os sindicatos os aspectos jurídicos da concretização deste último ponto.

 

Sintra

 

Trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra concentraram-se no dia 11, de manhã, frente às instalações da empresa municipal, na Portela de Sintra, reclamando melhores condições de trabalho, como a limpeza das casas de banho das oficinas aos fins de semana ou a entrega de fardamento de Verão a todos. Exigem ainda uma hora de jantar, no refeitório das oficinas, durante o turno que acaba à meia-noite, e melhorias no vestiário.

«Exigimos que tomem medidas com caráter de urgência e cumpram o que prometeram», explicou Ludgero Pintão à agência Lusa. Este dirigente do STAL notou que «iniciámos as negociações com a administração há um ano e, desde essa altura, estão sempre a adiar».



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